Comissão de Finanças apresenta emendas ao Projeto do PPI

Por: - DA REDAÇÃO

5 de junho de 2017 - 16:04

Os vereadores da Comissão de Finanças e Orçamento pretendem apresentar emendas ao Projeto de Lei (PL) 277/2017, do Executivo, que institui o PPI (Programa de Parcelamento Incentivado).  A ideia, que surgiu durante Audiência Pública realizada nesta segunda-feira (5/6) na Câmara Municipal de São Paulo, é de que as propostas diferenciem os pequenos dos grandes devedores para que os contribuintes não fiquem inadimplentes.

O programa tem como meta facilitar – com condições mais flexíveis de pagamento – a regularização das dívidas dos contribuintes adquiridas até o dia 31 de dezembro do ano passado.  De acordo com o Projeto, aprovado em primeira discussão na Câmara, os devedores poderão dividir os débitos em parcelas de, no mínimo R$ 50 para pessoas físicas, e de R$ 300 para pessoas jurídicas. A expectativa é recuperar cerca de R$ 1 bilhão para os cofres públicos.

A intenção de apresentar as medidas por meio da Comissão é para que o PL tenha “cunho social”, assim como todas as medidas que tramitam pela Câmara. “Não podemos tratar igual uma pessoa física que está com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) atrasado porque é aposentada e uma empresa que está devendo ISS (Imposto Sobre Serviços)”, disse o vereador Ricardo Nunes (PMDB).

O presidente da Comissão, vereador Jair Tatto (PT), concordou. “Vamos ofertar emendas ao Projeto para que o substitutivo diferencie os pequenos dos grandes devedores e o tipo de dívida [IPTU e ISS]”, argumentou.

Para o subsecretário da Receita da Secretaria Municipal da Fazenda, Pedro Ivo Gândra, é necessário olhar com “cautela” quando a ideia é diferenciar o contribuinte e a dívida. “O próprio processo de cobrança é diferenciado quando temos o IPTU e o ISS e, como todo parcelamento tem um viés de dar possibilidade para as empresas se regularizarem, qualquer medida assim é como não levar em conta o momento de crise”, opinou.

A dificuldade dos contribuintes para emitirem o boleto de cobrança foi um dos problemas que a vereadora Soninha (PPS) apontou. Para ela, é necessário que “os técnicos façam algo mais simples”.

Em resposta, Gândra se comprometeu a analisar a situação. “A preocupação que tivemos é com a reclamação dos contribuintes. De que eles não conseguiam antecipar o pagamento de suas dívidas. Esse problema, nós resolvemos. Vou olhar o site junto com toda a equipe para melhorar o atendimento”, garantiu.

O presidente da Comissão ficou satisfeito com o debate. “Foi fundamental essa discussão para podermos complementar o Projeto”, disse Tatto.

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