PL que prevê incentivos fiscais a teatros e espaços culturais é aprovado

19 de março de 2015 - 15:05

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DA REDAÇÂO

O Projeto de Lei (PL) 888/2013 que concede incentivos fiscais a teatros e espaços culturais de apresentação de espetáculos de artes cênicas abertos ao público, foi aprovado em segunda votação nesta quarta-feira (18/3), pela Câmara Municipal.

A proposta de autoria coletiva dos vereadores Jose Américo (PT), Nabil Bonduki (PT), Floriano Pesaro (PSDB), Ricardo Nunes (PMDB) e Andrea Matarazzo (PSDB) oferece isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial) aos imóveis em que se estabelecem teatros e espaços culturais da cidade de São Paulo. O objetivo da proposta é reduzir o custo de manutenção desses imóveis e incentivar a ampliação de espaços culturais na cidade.

“É fundamental para que possamos manter os teatros nas ruas, funcionando, que o governo isente de IPTU, assim como ocorre com os cinemas. O custo dos teatros é alto para as companhias teatrais, a maioria instalada em locais alugados, enfim, e o projeto visa aliviar, prestigiar e estimular a existência de teatros em São Paulo”, disse o ex-vereador e atual deputado federal, Floriano Pesaro.

“Com este incentivo também se cria um ambiente positivo para o entretenimento, o turismo na cidade, e a geração de renda além da consciência cidadã que é resultado da reflexão proporcionada pela cultura mais acessível” explica Ricardo Nunes.

O incentivo está previsto na chamada Lei Orgânica do Município que prevê as reduções e isenções de impostos aos proprietários de bens culturais, de forma a permitir um acesso mais democrático aos espetáculos.

A aprovação foi recebida com entusiasmo pelos movimentos culturais. Para o representante do MOTIM (Movimento do Teatro Independente), Augusto Marin, a iniciativa irá estimular a produção de cultura na cidade e facilitar o acesso do público. “O teatro de rua e espaços com até 400 lugares serão diretamente beneficiados em uma lei que irá aproximar a cultura dos cidadãos como esperávamos há muito tempo, desde 1990 quando a lei de fomento passou a vigorar”, afirma.

O projeto segue agora para sanção do Executivo.

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