Na sessão extraordinária desta quarta-feira (12/8), os vereadores aprovaram em primeira votação o Projeto de Lei (PL) 305/2015, do Executivo, que cria o quadro de analistas de desenvolvimento urbano para engenheiros, agrônomos e arquitetos da prefeitura. A proposta estabelece planos de carreira e reenquadramentos de cargos, bem como o regime de remuneração por subsídios.

O líder do governo, Arselino Tatto (PT), comemorou a aprovação de forma simbólica do PL e disse que a reestruturação é de suma importância para as categorias. “Vai melhorar o salário, existem engenheiros que ganham hoje cerca de R$ 2.500 e vão passar a ganhar mais de R$ 6.000, porque merecem uma recuperação salarial. Essa foi uma proposta que o prefeito fez de valorizar o funcionalismo público”, afirmou.

Apesar de não ter passado por votação nominal, o texto enviado a Casa pelo prefeito Fernando Haddad foi alvo de algumas críticas. O peemedebista Nelo Rodolfo, por exemplo, pretende eximir da proposta em votação futura que os servidores em questão continuem enquadrados como analistas.

“Na segunda votação, que pode acontecer na semana que vem ou em duas ou três semanas, nós vamos tentar fazer com que os engenheiros voltem a ser engenheiros, e não analistas, e que os arquitetos voltem a serem arquitetos, não analistas”, afirmou Nelo.

Já o vereador Aníbal de Freitas (PSDB) foi incisivo com relação ao tipo de remuneração prevista para os servidores. O parlamentar foi o único a se inscrever para comentar o PL na tribuna e desaprovou o regime de pagamentos por subsídios, que está estipulado no projeto.

“Quer dizer, isso não é o salário da pessoa, ele tem o salário e ganha, enquanto estiver na carreira, um valor a mais. Nós somos totalmente contrários a isso, eu acredito que cada um ganhe o seu salário e pronto, não tem vantagem. Depois quando se aposenta ele terá o seu salário de novo e pronto”, ponderou.